Criador do Sonic, Yuji Naka é preso no Japão após se envolver em escândalo financeiro

18 de novembro de 2022

Yuji Naka, um dos criadores do Sonic, foi detido no Japão na última sexta-feira (19), conforme relatórios do jornal Fuji News Network. As investigações revelaram seu suposto envolvimento em um caso de insider trading, prática criminosa na qual indivíduos utilizam informações privilegiadas para obter vantagens no mercado financeiro.

A prisão de Naka ocorreu em conjunto com a detenção de outros dois ex-funcionários da Square Enix, Taisuke Sazaki e Fumiaki Suzuki, no âmbito da mesma investigação. Todos enfrentam acusações relacionadas ao acesso a informações privilegiadas durante o período em que estavam empregados na Square Enix. A empresa colaborava com o estúdio Aiming no desenvolvimento do jogo mobile Dragon Quest Tact, lançado no início de 2020, informações que ainda não tinham sido divulgadas publicamente.

De acordo com a imprensa japonesa, Naka, Taisuke e Fumiaki teriam adquirido ações da Aiming antes do lançamento do jogo. Yuji Naka teria comprado 10 mil ações da Aiming por 2.8 milhões de yens (cerca de US$ 20 mil). O designer trabalhou na Square Enix de 2018 a 2021, contribuindo para o desenvolvimento do jogo Balan Wonderworld.

Quanto a Taisuke e Fumiaki, eles são acusados de terem adquirido ações da empresa no valor de 47 milhões de yens (aproximadamente US$ 336 mil) entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, pouco antes do lançamento do jogo.

Yuji Naka deixou a Square Enix em abril de 2021. No início do ano, o desenvolvedor alegou ter entrado com uma ação contra a empresa, argumentando que foi removido da direção de Balan Wonderworld antes de sua conclusão.

A Square Enix, em comunicado, confirmou a investigação envolvendo ex-funcionários acusados de uso de informações privilegiadas, sem mencionar nomes específicos. A empresa declarou seu comprometimento total com a investigação em curso do Ministério Público do Distrito de Tóquio e expressou profundo pesar pela preocupação causada, assegurando que medidas disciplinares internas estão sendo aplicadas contra os funcionários suspeitos.